O QUE COMEMOS DE MELHOR EM MILÃO- PARTE I
O QUE COMEMOS DE MELHOR EM MILÃO- PARTE I
Fomos a Milão, o que equivale a uns quilinhos a mais e novos posts no blog.
Tal como fizemos em Paris, vamos publicar o que comemos de melhor em Milão.
Começa hoje: com uma óbvia e tradicional escolha.
Luini
Quem vai a Milão vai ao Duomo, quem vai ao Duomo vai ao Luini, quem vai ao Luini come um Panzerotto. Eu ainda fui mais longe e comi uma Sfogliatella.
O Panzerotto não foi novidade, digo isto sem qualquer conotação negativa. Não ser novidade para mim, é uma sorte. Quer dizer que já o comi antes. E era como me lembrava, muito muito bom. Às vezes a minha memória pode ficar destorcida à medida que o tempo passa e eu não ponho os pés em Italia ou os dentes num Panzerotto. Mas devo dizer que a minha memória continua sã no que toca a comida, especialmente em relação à italiana.
Os Panzerotti, são uns pãezinhos, de massa leve e tenra; fritos ou cozinhados no forno. Com recheios diferentes, sendo que o tradicional é o de mozzarella e tomate. Esse é inevitável pedir. A mozzarella ligeiramente elástica tingida com a passata de tomate. A massa: perfeitamente cozida; leve; nada ensopada com o possível soro do queijo ou a água do tomate (difícil de conseguir, muito difícil).
Experimentámos também a de ricotta e espinafres. Esta combinação, que o português costuma ver nos raviolis de má qualidade empilhados nas arcas frigoríficas dos hipermercados, ali parece outra. Aqueles, comprimidos em fábrica que quando são cozidos demais se soltam do ravioli, aqueles que não dá para se perceber se são de ricotta e espinafres ou de borracha e relva. Nestes, consegue-se distinguir a ricotta e o espinafre sem ser preciso recorrer a microscópios electrónicos de transmissão. E os dois sabores estão lá, juntos, dentro de um panzerotto, na mão de quem passeia feliz pelas ruas de Milão.
Sfogliatella, entre um croissant e um pastel. Com mil e uma camadinhas estaladiças que envolvem um centro de creme pasteleiro. É o que aconselho a seguir ao panzerotto porque não fica nada atrás. É crocante, cremosa e o que eu precisava para acabar. Se a especialidade deles não fossem os panzerottis eram as Sfogliatelle. Podia chamar-lhes ostras doces por causa do formato, mas eu não gosto muito de ostras ao contrário da Sfogliatella ou dos panzerotti, ou do Luini.
Luini: Via Santa Radegonda, 16, 20121 Milano, Itália