O QUE COMEMOS DE MELHOR EM PARIS- V PARTE
Para a quinta e última parte do que comemos de melhor em Paris:
Le Bon Marché
Quem em Lisboa vai ao El Corte Inglés, em Paris vai ao Bon Marché. O que não há nos outros supermercados, há lá. Tudo do bom e do melhor, com uma qualidade como não se vê fora de Paris.
Naquela cidade há uma coisa com que em Lisboa nem se sonha. Uma loja dividida em vários edifícios, todos ao pé uns dos outros. Difícil de perceber para quem nunca lá esteve. É que são tantas áreas centradas numa loja só, neste caso no Bon Marché, que foram precisos vários edifícios. É como estarmos no El Corte inglés e perguntarmos onde é a zona de comida (épicerie) e mandarem-nos para o outro lado da rua. E há vários. Como este, há as Galeries Lafayette, o Printemps…
Tudo caríssimo, claro. Lá só comprei o mais especial, o que não há em mais lado nenhum, pelo menos com esta qualidade. E olhem que lá não há só o turista a contar os tustos para comprar um frasquinho de compota para levar para a família. Há muita gente a fazer as compras do mês, sim sim. Pagar 10 euros por um iogurte natural? Pois com certeza.
Tinha uma pastelaria lindíssima. Tudo muitíssimo francês, mas moderno. Andei ali indecisa entre o Saint-Honoré e o Paris-Paris (uma inovação do clássico Paris-Brest).
Fui pelo Paris-Paris, não só porque estava em Paris mas porque tinha avelã, e eu sou doida por avelã sobretudo se for num Creme Mousseline, por cima de um Choux absolutamente perfeito. Tinha um praliné de avelã que dava uma textura diferente àquela cremosidade toda.
A padaria do Bon Marché tinha um aspeto que equivalia também a muitas indecisões: a última do dia foi entre o Croissant e o Pain-au-Chocolat. Acabei por não decidir e levar os dois. Mas eram em versão petit, calma. Foi das melhores decisões que não tomei. A ponta do Croissant foi claro a última coisa, de tão dourada e apetitosa que estava. O chocolate do Pain, não demasiado firme nem demasiado doce. A massa folhada exímia, claro.
Le Bon Marché:
24 Rue de Sèvres, 75007 Paris